Maestro e pianista brasileiro refaz o caminho de seu avô espanhol

Mais de 100 anos se passaram desde que o maestro Aurelio Laborda deixou uma Espanha faminta para tentar a sorte em um lugar tão remoto quanto exótico: a Bahia, no Brasil. Agora, seu neto Roberto Laborda faz o caminho de volta dos seus antepassados e regressa a terras ibéricas em busca da música.

O brasileiro também se formou maestro, tal como seu avô e seu bisavô, além de compositor e pianista. Mora em Barcelona e aqui fundou a orquestra “Barcelona Concertanti”, dedicada a composições do período barroco. Ele também integra o grupo “Aires Ibéricos”, que executa obras de compositores russos e também de autoria do brasileiro.

Recentemente, foi o único sul-americano a participar do concurso internacional de composição “Antonín Dvořák“, realizado em Praga, na República Checa. Não levou o prêmio, mas recebeu menção honrosa por sua composição “Esperança Sertaneja, o último pau-de-arara”.

Mas nem tudo foi fácil na chegada de Roberto Laborda à Espanha. Para sobreviver, ele teve de trabalhar em uma estação de trem. Depois se tornou pianista de cinema mudo e tocou até em funerais. Para conhecer a bonita história de Roberto Laborda, escute esta entrevista emitida pela Radio Nacional de España/ Radio Exterior de España (minuto 16’40”).

Foto: Francis Bourgouin

Foto: Francis Bourgouin