Italianos miram o Brasil e querem selo de qualidade de restaurantes

italia

Câmara de Comério Italiana quer selo de qualidade para restaurantes italianos ao redor do globo

Não é de hoje o interesse dos empresários italianos no Brasil. Mas agora, com a crise na Europa sacudindo a economia e o poder de compra da população, a atenção do empresariado ao país sul-americano está redobrada. Tanto que a Câmara de Comércio da Itália, presente em São Paulo há quase cem anos, está instalando sua segunda filial no Brasil, desta vez em Natal, no Rio Grande do Norte.

Nesta entrevista emitida pela Radio Nacional de España/ Radio Exterior de España (minuto 4’27”), a presidente da Câmara de Comércio Italiana em Barcelona, Emanuela Carmenatti, revela os planos da instituição para o Brasil e fala da união de forças com a Câmara Brasil-Catalunha para encontrar oportunidades no mercado brasileiro. Ela também comenta o projeto de se criar um selo de qualidade para os restaurantes italianos ao redor do mundo. Mas será que as pizzas de São Paulo precisam deste selo? Para saber mais, ouça a entrevista.

Verônica Ferriani mostra ao mundo o ritmo e o sotaque brasileiros

photo

Passagem de som no Palau da Música Catalana. Verônica Ferriani se apresentou no mesmo dia em que chegou a Barcelona

A paulista Verônica Ferriani é uma das revelações musicais do Brasil nos últimos anos. Quase uma década depois de subir num palco pela primeira vez, a cantora inaugura agora uma nova fase de sua carreira, a das turnês internacionais. Passou recentemente pela Colômbia, debutou em terras portuguesas e acaba de se apresentar na Espanha, tanto em Madrid como em Barcelona.

photo-2

Registro da chegada do público de Barcelona

Na capital catalã, cantou para uma entusiasmada plateia no Palau de la Música Catalana, ícone da arquitetura modernista. Mas as viagens não acabam por aí: os próximos destinos de Verônica Ferriani e seus músicos são Rússia e Japão.

Nesta entrevista concedida à Radio Nacional de España/ Radio Exterior de España (minuto 6’15”), Verônica Ferriani fala dos novos rumos de sua carreira, do projeto de lançar um disco autoral, de suas aspirações e inspirações e de como a música revolucionou a vida desta artista que virou arquiteta, mas logo optou pela música, sua verdadeira vocação.

Verônica Ferriani

Verônica Ferriani e músicos no concerto em Barcelona, onde o samba ecoou no Palau de la Música Catalana

Fusões e aquisições prosperam na Espanha e atraem investidores

Para o setor de fusões e aquisições mergers-acquisitionsnão há crise. Ao contrário. A demanda por serviços de reestruturação de empresas é crescente na Espanha. É o que atesta o francês Yves Charnet, engenheiro e economista que há mais de 20 anos reside em Barcelona, onde presta serviços de consultoria estratégica.

Nesta entrevista emitida pela RNE/ Radio Exterior de España (minuto 9’43”), Charnet fala do assessoramento a investidores de países como Rússia, Índia, Egito e Líbano, que enxergam na crise na Espanha uma oportunidade de negócios, mas condicionam seu investimento a operações na América Latina, especialmente via exportações. Dos clientes de Yves Charnet, a metade vislumbra colocar seus produtos no Brasil. O Chile também é um chamariz para os investidores assessorados pelo profissional.

O executivo francês, que no passado instalou toda a estrutura de exportação das filiais do grupo Danone, fala também do perfil profissional do espanhol e do brasileiro, este último visto por ele como um povo dedicado e apaixonado por desafios.

Brasileiros ocupam as ruas e protestos ganham o mundo

ocupaçãocongresso

O povo ocupa o Congresso Nacional, em Brasília
Foto: Mídia Ninja

Começaram como uma negativa ao aumento das passagens de ônibus e agora expressam um descontentamento muito maior. Os protestos que se desenrolam no Brasil também refletem a incapacidade de grande parte da população arcar com preços cada vez mais altos. Denunciam a precariedade de um transporte público que, em vez de melhorar, fica pior e mais caro. E joga os holofotes em um problema do qual os pobres no Brasil são vítimas constantes: a truculência policial.

Em São Paulo, manifestantes ocupam a Marginal Pinheiros

Em São Paulo, manifestantes ocupam a Marginal Pinheiros
Foto: Mídia Ninja

Em São Paulo, a maior cidade do país, o “Movimento Passe Livre” já organizou cinco manifestações, que receberam adesão massiva da população. E agora o descontentamento geral dos brasileiros e a reação contra a violência policial ganharam o mundo. Das redes sociais nasceu o grupo “Democracia não tem Fronteiras”, que tem alinhavado manifestações em todo mundo. Com a ajuda deste movimento, cidadãos de vários países estão se solidarizando com os manifestantes que foram às ruas no Brasil nos últimos dias. Na Espanha, por exemplo, as passeatas ocorrem em Barcelona, La Coruña, Valencia e Madrid. Portugal também se tinge de verde e amarelo, com protestos em Coimbra, Lisboa e Porto.

100 mil pessoas vão para as ruas no Rio de Janeiro

100 mil pessoas vão às ruas no Rio de Janeiro

Tradicionalmente avesso a manifestações nas ruas, o povo brasileiro nos últimos dias rompeu outro paradigma: ricos e pobres estiveram juntos, defendendo o mesmo pleito: o “não” ao aumento nas passagens de ônibus e metrô, que em São Paulo sobe de R$ 3,00 para R$ 3,20. Mas não se trata de 20 centavos. Este foi o estopim de uma insatisfação generalizada dos brasileiros, começando com a precária infraestrutura do país, que recebe desde já eventos esportivos de projeção internacional.

PARA OUVIR A REPORTAGEM COMPLETA EMITIDA PELA RNE/ RADIO EXTERIOR DE ESPAÑA (Minuto 3’23”), ENTRE AQUI

semfronteirassemidade

Sem fronteiras, sem idade.
Foto: Tiago Queiroz, Estadão

http://www.rtve.es/alacarta/audios/emision-en-portugues/emisso-em-portugues-17-06-13/1879091/

Cia catalã de arquitetura e turismo abre no Brasil várias frentes de trabalho

casascoloniais

Casas coloniais inspiram a catalã Gerc Inartur em suas edificações na orla marítima de Salvador, Bahia.

O Brasil é terra fértil para os profissionais de arquitetura e de turismo. E ainda mais fecundo para aqueles que podem oferecer uma gama completa de serviços. É por isso que a catalã Gerc Inartur tem tantos projetos em solo brasileiro. A empresa, que atua nas áreas de arquitetura, urbanismo e planejamento turístico, está abrindo várias frentes de trabalho no Brasil. Casas populares no Maranhão, reformulação do entorno turístico do Espírito Santo e construção na Bahia de imóveis que resgatam a essência da arquitetura colonial, estes dirigidos a compradores com maior poder aquisitivo. Xavier Vicens Matas revela todos os projetos da companhia catalã nesta entrevista emitida pela RNE / Radio Exterior de España. Minuto 11’15”

http://www.rtve.es/alacarta/audios/programa/emisso-portugues-12-06-13/1870348/

“Trapusteros” retorna à Espanha com bonecos falando em português

"Los Cuentos de Otro", ou, na versão em português, "Este Conto não é meu"

“Los cuentos de otro”, ou, na versão em português, “Este conto não é meu”

Marcos Pena é espanhol, de uma pequena cidade que faz fronteira com a França, mas há três anos decidiu fazer do Brasil o seu porto-seguro. Em terras tupiniquins, dá sequência a um trabalho no qual se iniciou há anos aqui na Espanha, o teatro de bonecos.

Com a companhia de teatro “Trapusteros“, Pena consegue fazer mágica com seus bonecos de luva: atrai a atenção das crianças a uma arte milenar e consegue que os pequenos se desconectem das telas de celulares e tablets.

Depois de rodar mundo, Marcos Pena foi ao Brasil para se maravilhar e aprender com uma cultura de teatro de bonecos desconhecida pela maioria dos brasileiros. De todos os teatros de bonecos espalhados pelo país, os “mamulengos”, da região Nordeste do Brasil, são os mais conhecidos. Mas cada região do país tem suas tradições nesta arte que continua encantando as crianças. Pena diz que retorna a terras ibéricas culturalmente mais rico.

Regresso à Espanha com língua e sotaque brasileiros

O curioso é que Marcos Pena regressa ao seu país natal com uma peça em português, “Este conto não é meu“. A obra de teatro de bonecos, que não só se desenrola em português, mas apresenta elementos da cultura brasileira, foi apresentada em Barcelona na Casa América Catalunya.

Los cuentos de otros 065Nesta entrevista concedida à RNE / Radio Exterior de España (minuto 4’52”), Marcos Pena conta detalhes do espetáculo, fala da milenar arte de dar vida a bonecos e como as crianças da nova geração reagem a este mundo de fantasia e imaginação.

Brasileiros na Europa fazem supletivo; iniciativa é inédita em Barcelona

supletivoUma iniciativa inédita em Barcelona passou a permitir que os brasileiros com o ensino obrigatório incompleto pudessem concluir seus estudos. A crise na Europa e o interesse dos expatriados de retornarem à terra natal incentivaram a adesão às provas de supletivo.

Brasileiros residentes em vários países do continente europeu vieram à capital catalã com o propósito de fazer o exame. Wagner Novaes, presidente do Centro Cultural do Brasil em Barcelona, conta os detalhes nesta entrevista emitida pela RNE / Radio Exterior de España (minuto 1’05”).

Empresa de reciclagem contorna crise na Espanha e já tem planos de expansão

"Recíclese: deje el bono basura e invierta en basura"

A Acin Costa Brava conseguiu ter faturamente positivo em seu primeiro ano de operação, projeta dobrar suas receitas em 2014 e já está se mexendo para conquistasr dois mercados: o brasileiro e o de Teerã. Prova de que do lixo também se extraem riquezas.

Tempos de crise, mas também de pensar em alternativas e de empreender, ainda que seja fora do próprio território. E no caso de Joan Campmajo, um catalão de apenas 22 anos, a oportunidade veio de onde normalmente menos se espera encontrar riquezas: do lixo. Há um ano, Campmajo e seu irmão montaram a empresa Acin Costa Brava, que recolhe os resíduos industriais para, na outra ponta, transformá-los em dinheiro. A empresa vem apresentado faturamento crescente e já tem planos de se expandir para além do continente europeu. O Brasil é um dos destinos da empresa.

Duas vezes por semana, Campmajo se dedica a fazer cotações entre os clientes que compram ferro, alumínio, aço, estanho e outros materiais que diariamente são descartados nos contêiners de Toulouse, onde está instalado o galpão da Acin Costa Brava. Feita a cotação, os materiais, devidamente separados e prensados, seguem para os clientes espanhóis. O negócio prosperou tanto que, de um investimento inicial quase nulo, a empresa passou a faturar € 250 mil em seu primeiro ano de operação. Para 2014, a previsão é elevar estas cifras a € 500 mil. Uma outra nave industrial está sendo adquirida em Girona, a uma hora de Barcelona. Mas a iniciativa mais ousada será a de cruzar o oceano e desembarcar em Natal, Rio Grande do Norte.

Segundo Campmajo, a comprovação de que o negócio de reciclagem é promissor mesmo em situações de crise já lhe inspirava novos desafios. Mas foi durante as férias que passou em Natal no ano passado, vendo os sacos de lixo pelas ruas, que o jovem empreendedor decidiu aproveitar esta deficiência do Brasil para fazer algo que, além de viável economicamente, é ecologicamente correto. “Logo pensamos que poderíamos explorar este setor que hoje no Brasil se equipara à situação da Espanha 20 anos atrás, antes da Olimpíada”, afirmou.

A ideia da Acin é fazer em Natal uma gestão integral de resíduos urbanos: desde a coleta de lixo nas ruas, colocando contêiners nos distritos urbanos, até a separação dos materiais para sua posterior reutilização. No momento, o empresário está negociando com a prefeitura de Natal para que aprove o projeto e financie a maior parte dos € 3 milhões necessários para instalar uma planta que realize todas as etapas do processo de reciclagem, inclusive transformando o lixo orgânico em energia elétrica. Ele também está buscando o apoio de fundos de investimento para levar adiante este projeto. Em seu esforço para concretizar estes planos de expansão, Campmajo criou um bordão que já se tornou seu mantra: “Recíclese: deje el bono basura e invierta en basura”.

Para ouvir a entrevista de Joan Campmajo emitida pela RNE/ Radio Exterior de España, entre aqui.

Marea Granate: protesto e indignação além das fronteiras ibéricas

No nos vamos, no echan”. A frase expressa um sentimento comum a muitos espanhois que tiveram de emigrar para fugir do desemprego na Espanha, que já encosta nos 30% da população e supera os 50% no caso de jovens de até de 25 anos.

Na busca por trabalho, milhares de profissionais qualificados deixaram a Espanha rumo a países que lhes ofereçam melhores perspectivas de trabalho. Eles fizeram as malas, mas continuam atentos ao desenrolar da economia e da política espanhola. E já começaram a fazer barulho para serem ouvidos fora das fronteiras ibéricas.

Agora, eles formam a “Marea Granate”, em português “maré grená”, em referência à cor dos passaportes europeus. O movimento começou em maio no Reino Unido e se estendeu como rastilho de pólvora entre comunidades de espanhois instalados no mundo todo, em quase todos os continentes.

Nesta reportagem apurada para a RNE/ Radio Exterior de España, conto mais detalhes sobre o movimento a partir do minuto 3’27 (reportagem). A introdução começa no 2’38”.

http://www.rtve.es/alacarta/audios/programa/emisso-portugues-03-06-13/1854030/

mareagranate

Homenagem a Carlos Fuentes: literato, agitador cultural e político

Carlos Fuentes

Carlos Fuentes: “No existe la libertad, sino la búsqueda de la libertad, y esa búsqueda es la que nos hace libres.”

Carlos Fuentes rodou o mundo, morou em muitos países, falava com perfeição vários idiomas. Porém, ainda que fosse um homem do mundo, aberto a diversas culturas, nunca deixou de se preocupar com sua identidade mexicana e com a melhor maneira de expressá-la. Em maio de 2013, primeiro aniversário da morte do escritor, intelectuais de todos os cantos do mundo lhe renderam homenagens.

Na Casa América Catalunya, em Barcelona, cidade pela qual Fuentes tinha grande carinho, jornalistas, escritores e editores se reuniram para recordar os feitos deste escritor que se consolidou como um dos ícones da literatura moderna em língua espanhola.

Homem de literatura, mas também um agitador cultural e um ser inteiramente político Fuentes sempre viu as coisas com perspectiva. Talvez pelo fato de ter morado em diversos países: Estados Unidos, Equador, Uruguai, Argentina, Chile e até no Brasil. Mas era na identidade mexicana que se espelhava. Mais informações sobre esta homenagem ao escritor, emitida pela RNE/ Radio Exterior de España, a partir do minuto 17’06”.

http://www.rtve.es/alacarta/audios/programa/emisso-portugues-30-05-13/1847468/

fuentes1